Coisa de Acender é um álbum do cantor e compositor brasileiro Djavan lançado pela Sony Music em 1992.
Elogiado por críticos e músicos, o álbum caracteriza por ser mais pop do que os anteriores; entre os sucessos estão as suas primeiras quatro faixas: "Se..." (um de seus maiores sucessos, que o marcou pela década de 1990, com uma característica romântica, e foi muito tocada nas rádios do Brasil), "Boa Noite", "A Rota de Índividuo" (que até se criou o subtítulo de "Ferrugem" depois; a parceria com Orlando Morais, embalou um estilo que Djavan já vinha lá de trás mostrando em sua carreira) e "Linha do Equador" (gravada por Caetano Veloso futuramente).
Sobre o Álbum
“Coisa de acender” é o disco de Djavan mais marcado por parcerias. É nesse trabalho que ele inicia uma com Caetano Veloso, acalentada por tantos anos, que parecia já existir.
E o resultado, a canção “Linha do Equador”, justifica a expectativa. A letra de Caetano sobre a melodia de Djavan como se fosse uma letra do próprio Djavan, cheia de imagens inusitadas para descrever o amor, feita à maneira de Caetano repleta de referências modernistas e tropicalistas.
Mestre em letra e música, o músico alagoano se dá ao luxo, de alternar o seu trabalho nas obras coletivas: às vezes entra com a música, como em “A rota do indivíduo” (Ferrugem), outras vezes com a letra, no caso de “Alívio”, sua primeira parceria com o baixista Arthur Maia.
Aprofundando os laços com a filha Flavia Virginia, que está nos vocais em várias faixas, Djavan confia a ela a parte em francês da letra de “Andaluz”, canção evidentemente espanholada, de espírito globalizado.
Dos discos co-produzidos pelo americano Ronnie Foster, “Coisa de acender” talvez seja o mais cheio de nuances e sutilezas. Vai de uma canção super pop como “Se...”, o grande sucesso radiofônico do disco, à incursão do autor no universo dos desafios nordestinos em “Violeiros”, o gênero tratado com uma profundidade harmônica incomum.
Esse trabalho é, na verdade, um álbum de canções de amor, ou melhor, da busca de expressar o amor — tema de 98% das canções do mundo — de forma original.
Faixas como “Outono” e, sobretudo, “Baile”, de onde sai o enigmático título revelam o amor, visto pela ótica muito particular de Djavan.
Faixas:
01. A Rota Do Indivíduo (Ferrugem)(Djavan/Orlando Morais)
02. Boa Noite(Djavan)
03. Se(Djavan)
04. Linha Do Equador(Djavan/Caetano Veloso)
05. Violeiros(Manuel Bandeira-Poema Djavan-Música)
06. Andaluz(Djavan/Flávia Virgínia)
07. Outono(Djavan)
08. Alívio(Djavan/Arthur Maia)
09. Baile(Djavan)
Músicos:
Arthur Maia - Baixo Elétrico em todas as faixas,exceto em 01.
Djavan - Violão em todas as faixas,exceto em 08/Violão Aço em 06/Percussão em 02,03 e 08.
Torcuato Mariano - Guitarra em 02,08 e 09/Violão em 04 e 05.
Carlos Bala - Bateria em todas as faixas,exceto em 01,05 e 06.
Paulo Calasans - Teclados em todas as faixas,exceto em 01 e 05.
Marcelo Martins - Saxofone Alto em 02 e 04/Flauta em 05 e 06.
Flávia Virgínia - Vocal em 02,03 e 06.
Ronnie Foster - Teclados em 02 e 08.
Glauton Campello - Teclados em todas as faixas,exceto em 01 e 07/Piano em 04 e 07.
Marcos Suzano - Percussão em 04.
Marco Lobo - Percussão em 04
Luiz Jakha - Percussão em 02.
Be Happy - Coro em 02 e 06.
Beth Bruno - Coro em 03.
Cecília Spyer - Coro em 03.
Eveline Hecker - Coro em 03.
Kika Tristão - Coro em 03.
Alex Horvat - Violino em 01.
Endre Granat - Violino em 01.
John Scanlon - Viola De Arco em 01.
Richard Treat -Violoncelo em 01.
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